Ao Grêmio só resta uma estratégia

Ao Grêmio só resta uma estratégia

“O patético de nossa época é que o passado se insinua no presente e repito: a toda hora e em toda parte, a vida injeta o passado no presente”

Hiltor Mombach

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Há uma frase do genial Nelson Rodrigues que cabe todinha para o confronto Estudiantes x Grêmio:
“O patético de nossa época é que o passado se insinua no presente e repito: a toda hora e em toda parte, a vida injeta o passado no presente”.
Eduardo Domínguez é o treinador do Estudiantes.
Falando sobre o jogo desta terça-feira declarou:
“Quando o Grêmio foi sorteado no nosso grupo me mostraram aquela partida épica de 1983. Obviamente são tempos diferentes, o futebol é muito mais tático e estratégico.
Esses jogos permanecem na memória dos torcedores e com essa história certamente nos impulsionarão a seguir em frente."
Tempos diferentes, é verdade.
Mas a violência, a intimidação, o anti-futebol, costumam fazer parte do futebol argentino. Em 2015 a Conmebol eliminou o Boca Juniors da Libertadores por agressão de torcida a jogadores.
Ao Grêmio só resta uma estratégia: vencer.
A situação da chave prova isso.
Em caso de derrota terá que esperar por um milagre para passar às oitavas de final.
O confronto encerra o turno, mas para o representante gaúcho é mata-mata.
Em julho de 1983 o Grêmio foi a La Plata enfrentar o Estudiantes pela Libertadores.
Com quatro jogadores a menos, a equipe de La Plata conseguiu o que parecia impossível.
Depois de estar perdendo por 3 a 1, fez dois gols no segundo tempo e empatou.
O Grêmio foi recebido com extrema violência pelos torcedores e pelos próprios jogadores do Estudiantes. Raras vezes se viu um time ser tão intimidado.
Uma vergonha.
Teve pau, pedra e uma certeza: tivesse vencido a violência seria ainda mais brutal.
Grêmio: Mazaropi; Paulo Roberto, Leandro, De León e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato, Caio (César) e Tarciso (Tonho).


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