Verstappen tem um “segredo” de pilotagem que “turbina” sua vantagem no atual regulamento da Fórmula 1
Análise busca desvendar porque o estilo do holandês ajuda no domínio com os atuais carros de efeito-solo
Bernardo Bercht
Verstappen e Alonso são mais destacados na era do efeito-solo moderna
| Foto: Jhon Thys / AFP / CP Memória
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A geração de downforce pelo efeito-solo exige assoalho o mais perto do chão e sem inclinações o máximo de tempo. Com suspensão eletrônica (ativa) proibidas, a solução mais óbvia é endurecer mola e amortecedor. A outra, dominada por Newey, sistemas antimergulho e anti-agachamento
É o teorema do bumbum do Lauda, a brincadeira de que o piloto sente o carro com o corpo. Quando começa a desgarrar, quando inclina sob frenagem antes da curva e, principalmente, quando a traseira escapa. Nos carros atuais, quanto mais downforce, mais "anti" e menos sensação 4/9 pic.twitter.com/o4tmaz8N3B
Aí a encrenca cresce para Alonso (mesmo super-adaptável e o melhor piloto além de Max nesses carros), Perez (um dos piores na comparação com o colega), Ricciardo (totalmente perdido desde 2022) e Hamilton (que sofre muito, mas na marra consegue desempenhos bons) 6/9 pic.twitter.com/9ykNiwj8Mn
Quem costuma guiar simuladores, mesmo os melhores, sabe que a sensibilidade do que o "carro" (de computador) está fazendo é mínima, limitada basicamente ao que os sistemas force feedback conseguem transmitir de forma programada para as mãos 8/9 pic.twitter.com/UsWKS1y7VO
Verstappen se criou nesse ambiente e aliou ao seu imenso talento natural a capacidade de avaliar a aderência sem precisar sentir tanto o que o carro está fazendo. Não explica tudo, não é a única justificativa para seu domínio, mas certamente tem influência 9/9