Em Alegrete o Ibirapuitã recua e no baixo Uruguai o rio cresce a partir de Itaqui

Em Alegrete o Ibirapuitã recua e no baixo Uruguai o rio cresce a partir de Itaqui

O sol e a temperatura amena contribuem para minimizar os problemas deixados pelas chuvas e cheia na fronteira

Fred Marcovici

Rio Ibirapuitã em Alegrete recua mais um pouco no domingo

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Foi em Quaraí, fronteira com o Uruguai, a primeira cidade da Fronteira Oeste, onde o rio que leva o nome da cidade, retornou ao leito original. Os trabalhos das secretarias estão direcionados para a restauração dos estragos provocados pelas chuvas e cheia do período.

No domingo, chegou a vez de Alegrete, do rio Ibirapuitã, apresentar novos números de declínio. Uma média de 2 cm por hora.

Deixou o pico de 10,03 m – passando a medir 9,12 m (saiu da linha de inundação de 9,70 m e ingressou na de alerta). As duas famílias desalojadas, sendo uma na rua Sofia de Brum, bairro Vila Nova, e a outra, da rua Nelcy Fontoura Pedroso, do bairro Santo Antônio, devem retornar à moradia nas próximas 24 horas.

A preocupação é com a previsão de chuva no município para esta segunda-feira e o temor de um repique das águas.

Ao mesmo tempo, no baixo Uruguai, as últimas 48 horas registraram elevação em parte da linha do rio – com São Borja anotando 7,12 m, dentro da cota de atenção.

Em Itaqui, o rio Uruguai em processo de crescimento medindo 7, 63 m – ainda perto da aferição de alerta que é de 7,30 m. Na cabeceira, nas cidades de Porto Mauá, Porto Lucena e Garruchos, o rio recua passando a ser um alento aos ribeirinhos.

As autoridades monitoram o rio e ainda as consequências residuais das chuvas do último período. Segundo o assessor da Defesa Civil, Juliano Cabral, o clima estável não reduz a preocupação com uma possível cheia.

Em Uruguaiana, o rio Uruguai anota 8,02 m, também em elevação. A corrente ingressou no nível de alerta no final de semana (7,50 m). A meio metro da medida de inundação. Equipes de trabalho atuam reparando vias urbanas e rurais danificadas pelo excesso de chuvas registradas nas últimas duas semanas enquanto o rio beira a orla.

Os produtores de arroz do município apontam que as chuvas do último ciclo deverão produzir uma perda de 10% a 15% da lavoura – safra 2023/2024, principalmente provocada pelo acamamento da planta.

E no extremo da Fronteira Oeste, em Barra do Quaraí, o rio Quaraí, que margeia a cidade, mede 6,76 m, descendo os dois primeiros centímetros. Frio ao amanhecer e temperatura amena durante o dia. Não há repercussões até agora, salienta Izair Rodrigues, coordenador da Defesa Civil municipal.

Em Manoel Viana, conforme com o coordenador de Proteção e Defesa Civil, André Meneghetti, o rio Ibicuí cresce, em média, 3 cm por hora e marcava ontem 9,71 m, sendo 9,60 m a cota de inundação. A Praia e Camping Rainha do Sol está alagada. Conforme Meneguetti as primeiras famílias devem ter sido afetadas, porém o serviço de avaliação somente acionetece a partir desta segunda-feira.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895