Ministério Público em Arroio Grande entra com nova ação contra a CEEE Equatorial

Ministério Público em Arroio Grande entra com nova ação contra a CEEE Equatorial

A ação visa execução de multa contra a empresa pela demora no restabelecimento da energia elétrica após o temporal de 21 de março

Angélica Silveira

A empresa também é alvo de protesto em Candiota pelo serviço prestado.

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Arroio Grande ajuizou uma ação de execução contra a CEEE Equatorial, por descumprimento de liminar que descumprimento de liminar que determinou prazo para o reestabelecimento no fornecimento de energia na cidade.

A ação pede o cumprimento da multa da R$ 15 mil por dia de atraso, a contar da última segunda-feira. Ela havia determinado no último dia 9, a partir de citação da CEEE Equatorial prazo de 36 horas para o restabelecimento da luz na zona urbana e 72 horas na zona rural. Os moradores estavam sem o fornecimento de energia desde o temporal de 21 de março.

Segundo a promotora de justiça Luana Rocha Ribeiro, que assina a ação de execução, a situação beira o absurdo evidenciando o descaso com os usuários. A Prefeitura informou que não tem conhecimento que algum morador do interior esteja sem luz nesta quarta-feira.

A moradora da localidade Mauá, Valquiria Carvalho conta que a luz até retornou, mas os problemas recomeçaram nesta terça-feira. "Há pessoas sem luz na Mauá, no distrito de Mauá e no assentamento", afirma. Segundo ela, o mesmo grupo que permaneceu por três dias na sede da CEEE Equatorial pediu solução para o problema prepara uma nova manifestação, que provavelmente deve ocorrer na próxima semana. "Estão brincando conosco, e Arroio Grande segue sem luz. A incompetência é grande. Eles não apertam uma chave e a perda de produtos como leite e carne estão começando novamente", lamenta.

Por meio de nota, a CEEE Equatorial informou que não foi intimida e que irá se manifestar em juízo, como lhe faculta a legislação brasileira.

Candiota

Na manhã desta quarta-feira, moradores da zona rural protestaram pela demora no restabelecimento da energia. Os manifestantes trancaram o trânsito, liberando a cada 30 minutos, na BR 293 na entrada da cidade. "As manifestações seguem recorrentes e a situação não tem solução", destaca o coordenador municipal de trânsito Flávio Renato Sanches.

Dirceu Zanatto Dias, que organizou a manifestação diz que os problemas são nos assentamentos Madrugada e 20 de agosto e também em fazendas do interior, atingindo 135 famílias. "A ideia da manifestação é chamar a atenção do Estado sobre a privatização e o péssimo atendimento da empresa. Há 19 dias estamos perdendo leite e carne", lamenta. A CEEE Equatorial não se manifestou sobre a situação de Candiota.


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