Polícia Civil localiza 123 quilos de crack, maior apreensão da droga na história do RS

Polícia Civil localiza 123 quilos de crack, maior apreensão da droga na história do RS

Policiais da 2ª DP de Gravataí localizaram drogas em caminhão que transportava fardos de arroz

Marcel Horowitz

Drogas estavam escondidas em caminhão que transportava fardos de arroz

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A Polícia Civil anunciou, nesta quinta-feira, que fez a maior apreensão de crack na história da instituição no Rio Grande do Sul. Foram apreendidos 123 quilos da droga, além de outros 59 quilos de cocaína, na região Metropolitana. A ação foi coordenada pela 2ª DP de Gravataí, após dois meses de investigações.

A suspeita é que as drogas tenham vindo do Paraguai ou da Bolívia. Segundo a PC, uma facção com base no Vale do Sinos é responsável pelo esquema de trafico internacional.

"O crack é uma droga difícil de ser apreendida em grandes quantidades. Isso porque os traficantes costumam dividi-la em várias porções menores para venda. No entanto, graças ao trabalho da 2ª DP de Gravataí e ao esforço integrado dos órgãos de Segurança, obtivemos êxito em realizar a maior apreensão na história do RS”, destacou o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré.

A apreensão ocorreu no km 10, na RS 287, em Montenegro, na quarta-feira. Na ocasião, foi abordado um casal que tripulava um caminhão carregado de fardos de arroz. As drogas estavam escondidas em meio ao carregamento.

Foram contabilizados 120 tijolos de crack e mais 54, de cocaína. O casal foi preso em flagrante, por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A apreensão gerou prejuízo superior a RS 4,5 milhões crime organizado.

"Foi um duro golpe no tráfico de drogas. Quando comprados no atacado, um quilo de crack custa em média R$ 20 mil e um quilo de cocaína, R$ 30 mil. O valor dessas drogas, quando vendidas no varejo, é multiplicado”, pontuou o diretor da 1º DP Regional Metropolitana, delegado Rodrigo Bozzetto.

De acordo com o delegado Joel Wagner, que coordenou a investigação, a carga partiu do Norte gaúcho com destino a Canoas. Uma vez que fossem entregues, os tóxicos abasteceriam pontos de tráfico em outros municípios da região Metropolitana e na Capital.

"Conseguimos identificar outro suspeito, que ainda não foi preso e seria responsável por comandar a distribuição de drogas em larga escala na região Metropolitana. Ele é um dos alvos da investigação”, afirmou o delegado titular da 2ª DP de Gravataí.

Joel Wagner também enfatizou que a apreensão de crack evita a ocorrência de outros delitos correlatos. “O crack é uma droga com alto potencial destrutivo, que vicia usuários e os leva a cometer roubos. Por isso que, quando fazemos apreensões como essa, também impedimos que outros crimes ocorram”, disse.


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