Empresa alemã Nordex assina acordo com RS, mas precisa de incentivos

Empresa alemã Nordex assina acordo com RS, mas precisa de incentivos

Grupo reforçou a intenção de instalar fábrica de torres no Estado, porém, ainda sem definição do local.

Mauren Xavier

Eduardo Leite em encontro entre diretores da empresa Nordex e a comitiva do governo

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A empresa alemã Nordex, responsável pela produção de aerogeradores (de energia eólica), assinou, nesta sexta-feira, memorando de intenções com o governo do Estado. A confirmação da prospecção de negócios ocorreu durante encontro entre diretores da empresa e a comitiva do governo, em Hamburgo, na Alemanha, nesta sexta-feira. Por meio do memorando, o grupo Nordex reforça a intenção de instalar fábrica de torres no RS, porém, ainda sem definição do local.
Assim, o documento representa uma ação pelo fortalecimento do setor de energia eólica no Estado. Isso porque, após atrair importantes investimentos há duas décadas, limitações nas linhas de transmissão acabaram por desacelerar a expansão da produção no RS.
Na visita à sede da empresa, foram pontuadas questões que ainda comprometem uma aceleração do setor em solo gaúcho, na comparação com o Nordeste, região onde a empresa tem negócios também. Isso deve-se basicamente porque o custo de geração ainda é elevado e há, ao contrário do Nordeste, linhas de financiamento mais vantajosas. Porém, a região do Nordeste, onde a empresa tem operações, atualmente tem dificuldade de transmissão. A sobrecarga do sistema acaba por tornar a produção limitada.

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Após a assinatura, a comitiva pode conhecer uma das unidades de testes e sobre o funcionamento e operacionalidade dos aerogeradores.
O diretor de grandes contas da Nordex, Fernando Tamayo, destacou o interesse da empresa no Estado e reforçou a necessidade de apoio, como na questão de apoio financeiro, como linhas de financiamentos atrativas ou ainda isenções tributárias. Esse ponto, em especial, ocorre porque o Nordeste tem um fundo constitucional, que serve para subsidiar investimentos deste tipo. O mesmo não há no RS.
Sobre o tema, o governador Eduardo Leite disse da disponibilidade para o trabalho em conjunto neste sentido. Acompanhando o encontro, o diretor do Sindienergia, Guilherme Sari, avaliou que as perspectivas são animadoras. "É o fortalecimento de um segmento e que poderá resultar em outros apoios", enfatizou, citando as conversas sobre o hidrogênio verde, por exemplo.


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