Secretaria de Saúde de Uruguaiana alerta para a gravidade do quadro da dengue no município

Secretaria de Saúde de Uruguaiana alerta para a gravidade do quadro da dengue no município

O trabalho de contenção tem sequência mesmo no período de Páscoa

Fred Marcovici

Agentes de Combate a Endemias de Uruguaiana em campo para detectarem focos do mosquito Aedes aegypti

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Uruguaiana acumulou nas últimas 72 horas, ao menos 21 pessoas com dengue no município, apenas ontem foram mais cinco novos casos da doença, todos autóctones (adquiridos dentro da própria cidade).

Foram infectadas pelo vírus duas pacientes do sexo feminino, sendo uma de 21 e a outra 51 anos. Também dois homens – de 35 e 45 anos, respectivamente, além de um menino de apenas 10.

Até o momento, há 75 casos confirmados na cidade (66 autóctones e nove importados), outros 90 em investigação junto ao Lacen - Laboratório Central do RS e 174 descartados – do total de 339 notificações, desde o início do ano.

O índice supera todo o ano de 2023 em 122%, quando foram apontados 34 casos positivos. Não há internados pela enfermidade, exceto uma suspeita.

Nos últimos 10 dias o número de casos dobrou de 37 para os 75. O maior volume está concentrado na faixa etária entre os 30 e 49 anos de idade, principalmente, entre as mulheres, sem que haja alguma explicação científica para a incidência relatam os especialistas.

“Infelizmente, está sendo confirmada a projeção feita pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Já tínhamos um desenho de curva indicando que experimentaríamos uma explosão de casos neste período endêmico”, constata a secretária de Saúde, Suziele Pivetta.

O município encontra-se sob decreto de situação de emergência em saúde pública e toma-se todas as medidas preventivas possíveis para conter o alastramento do mosquito e seus focos, reitera Suziele.

A partir de agora, até a primeira quinzena de maio a tendência é de aumento exponencial de casos. No ano passado, em junho ainda aconteceram registros da doença. Não podemos tratar com normalidade o quadro. A situação é realmente muito grave”, complementa Suziele.

Os bairros Nova Esperança, Santo Inácio, São João, Ipiranga e Centro puxam os maiores percentuais. Todas as áreas em que há positivações, os 55 Agentes de Combate a Endemias (ACEs), de imediato, pulverizam ao menos 150 metros do entorno onde houve a confirmação do caso e 15 dias depois uma segunda etapa da fumigação acontece no mesmo perímetro.

Além dos bairros de maior densidade de notificações e identificações do vírus. Também acontecem visitações, limpeza das zonas com registros e orientações técnicas aos amoradores.


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