Quem é Franco Colapinto, o 1º argentino na Fórmula 1 em mais de duas décadas?
Piloto de 21 anos tenta retomar legado do país nos primórdios da competição, com o multicampeão Fangio

Franco Alejandro Colapinto termina um hiato de 23 anos sem um piloto argentino na Fórmula 1. Aos 21, ele sequer era nascido quando Gaston Mazzacane fez sua última largada, pela equipe Prost, no GP de San Marino de 2001.
Colapinto ocupará o lugar do norte-americano Logan Sargeant na Williams até o final da temporada 2024. Ele fazia parte da academia de pilotos do time inglês e participou dos treinos livres do Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone.
No currículo, foi campeão da Fórmula 4 Espanhola, em 2019 e emplacou três vitórias na escada oficial da FIA para a Fórmula 1, duas na Fórmula 3 e uma na Fórmula 2. Ele também foi o segundo piloto mais jovem a correr as 24 Horas de Le Mans, aos 17 anos.
Sem todo o destaque do brasileiro Gabriel Bortoleto, também estreante e vice-líder; Colapinto faz um bom ano inaugural na Fórmula 1. Venceu a prova de grid invertido em Ímola e ocupava o sexto lugar no certame.
Com dupla nacionalidade italiana, Colapinto ainda vai estrear no tradicional GP da Itália, em Monza. "É disso que os sonhos são feitos", destacou em comunicado da Williams. "Chegar à F1 na metade da temporada será uma enorme curva de aprendizagem, mas estou pronto para o desafio e totalmente concentrado para trabalhar o máximo que puder com Alex Albon e a equipe para ter sucesso", acrescentou.
Sem representante na categoria por mais de duas décadas, a Argentina ainda assim é um país de tradição na Fórmula 1, com 22 piloto ao longo da história e um dos maiores campeões. Juan Manuel Fangio foi pentacampeão nos anos 50; enquanto seu contemporâneo Jose Froilán Gonzalez somou duas vitórias e foi vice-campeão em 1954.
O último nome de grande sucesso foi Carlos Reutemann, com 12 vitórias. Ele foi vice-campeão em 1981, em duelo até a última prova contra Nelson Piquet.
Além destes, os hermanos contaram com: Onofre Marimón (1951-1954), Roberto Mieres (1953-1955), Oscar Galvez (1953), Carlos Menditeguy (1953-1960), Adolfo Schwelm Cruz (1953), Pablo Birger (1953-1955), Jorge Daponte (1954), Clemar Bucci (1954-1955), Jesús Iglesias (1955), Alejandro de Tomaso (1957-1959), Nasif Estéfano (1960-1962), Roberto Bonomi (1960), Alberto Larreta (1960), Ricardo Zunino (1979-1981), Miguel Ángel Guerra (1981), Oscar Larrauri (1988-1989), Norberto Fontana (1997), Esteban Tuero (1998) e Gaston Mazzacane (2000-2001).