Projeto de Farroupilha dá transforma canetas de insulina usadas
A iniciativa de voluntários começou em setembro do ano passado já transformou mais de 600 canetas

Diabéticos que necessitam de insulina, muitas vezes não sabem o destino que podem dar às canetas que contém o remédio, após utilizar o líquido. Uma opção sustentável é destinar o material para o projeto Insullife, de Farroupilha, na Serra.
O grupo, criado em setembro do ano passado, é composto por seis voluntários: Neusa Pietta, Luciano Coiato, Edson Francisquetti, Antônio Forest, Rodolfo Pietta e Sonia Táparo, que conta que a ideia nasceu a partir de Luciana. "Ela viu na internet que já fazem isto em outra cidade brasileira, falou com a Neusa, que falou comigo e fomos unindo forças para criar o projeto em Farroupilha", relata. Sonia disse que adora trabalhar em projetos sociais, sempre que possível e que por ser professora sempre que possível realizar iniciativas com os estudantes. "É a história de plantar uma sementinha do bem. A nossa Insulife (falo isto, porque são muitas mãos que fazem o projeto existir se reúne uma até duas vezes por semana. Quando não conseguimos nos encontrar distribuímos tarefas e cada um faz da sua casa", confirma.
As tarefas são desmontar as canetas de insulina ou ozempic, tirar o vidro, que posteriormente é descartado na Secretaria Municipal de Saúde. "Como contém medicação, pode contaminar o solo. O plástico da caneta doamos para a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Farroupilha, que reverte a ajuda para as pessoas que sofrem a doença e adaptamos a caneta esferográfica na de insulina", explica.
O eutem recebe o adesivo do projeto e é embalado com um informativo sobre sinais da diabetes e o descarte correto de plástico. Ela confirma que já foram distribuídas 50 canetas para cada escola do município.
Mais de 600 canetas já foram produzidas, a meta é chegar o quanto antes a duas mil. "Este número é o que pensamos nas escolas, em função do número de alunos que pretendemos atingir, a princípio", pondera. O hospital da cidade, médicos e consultórios também já receberam o material. "O nosso maior objetivo é levar informação sobre a diabetes, pois é uma doença silenciosa e que pode levar a óbito e também destacarmos a importância da sustentabilidade, do descarte correto de tudo o que produzimos", observa.
Além dos pontos de coleta de canetas de insulina existentes na cidade, o grupo já recebeu doações de vários locais do país como Minas Gerais e Tocantins. "Toda a doação é bem vinda, pois mantemos o projeto com o olhar carinhoso de quem pode ajudar, sem fins lucrativos. A iniciativa se mantém por meio de doações que são usadas para adquirir as canetas esferográficas, imprimir os informativos e os adesivos", garante. Para ajudar pode chamar os responsáveis pelo projeto no instagram nos endereços
@projetoinsulife @neusapietta e @taparo.soninha