Após 67 dias internada, mãe de atirador de Novo Hamburgo recebe alta
Ataque deixou cinco pessoas mortas, e outras oito feridas

Após mais de dois meses internada, Cleris Teresinha Crippa, 70 anos, recebeu alta hospitalar. Ela é mãe e uma das vítimas de Edson Fernando Crippa, que manteve a família refém dentro da própria residência em Novo Hamburgo, em outubro deste ano. Cinco pessoas morreram e outras oito ficaram feridas.
Cleris foi baleada três vezes por Edson. Passou por cirurgia e, após um mês internada no Hospital de São Leopoldo, foi transferida para a UTI do Hospital Regina, em Novo Hamburgo, onde ficou por 20 dias. Neste sábado, 67 dias depois da tragédia, recebeu liberação para concluir a recuperação em casa. Ela deixou a instituição sem falar com a imprensa.
Em nota, o hospital Regina forneceu detalhes do tratamento realizado durante o período de internação e confirmou a alta:
"O Hospital Regina informa que neste sábado, dia 28 de dezembro de 2024, teve alta hospitalar a paciente Cleris Teresinha Crippa, de 70 anos.
A paciente chegou à Instituição em 22 de novembro de 2024 encaminhada diretamente à UTI Adulto. No dia 13 de dezembro, recebeu alta da UTI e foi acomodada em um quarto na Ala das Orquídeas, onde permaneceu até a alta hospitalar no dia de hoje.
Com o mesmo carinho prestado durante o seu atendimento, o Hospital Regina estima à querida Cleris total recuperação e saúde."
Cárcere privado e mais de 300 disparos
Armado com duas pistolas e dispondo de farta munição, Edson fez a mãe, o pai, o irmão e a cunhada reféns na noite de 22 de outubro. Acionada, a Brigada Militar foi ao local uma residência no bairro Ouro Branco, e foi recebida a tiros.
O pai, Eugênio Crippa, 74 anos; o irmão, Everton Crippa, 49; e os policiais militares Everton Kirsch Júnior, 31, e Rodrigo Weber Volz, 31, perderam a vida. O atirador, que tinha 45 anos, morreu durante a troca de tiros. Além de Cleris, outras sete pessoas ficaram feridas: a cunhada, um guarda municipal e cinco policiais militares.
Conforme a BM, mais de 300 disparos foram efetuados por Edson durante o confronto, que se estendeu por cerca de nove horas.