Membros de organizada do Inter são presos por suspeita de agredir e roubar integrante da própria torcida
Operação Sevengate, deflagrada por agentes da 2ª DP de Porto Alegre, resultou na prisão de três investigados em Canoas e Alvorada

A Polícia Civil prendeu preventivamente três membros de uma torcida organizada do Inter, na Região Metropolitana. Dois homens de 22 anos e outro, de 29, foram alvo da chamada Operação Sevengate, na manhã desta quinta-feira, em Canoas e Alvorada.
O trio é suspeito de roubar e agredir outro integrante da própria torcida. A situação foi registrada no último dia 16 de janeiro, no Beira-Rio, durante um amistoso do Inter contra a seleção do México.
Nesta manhã, sob o comando da 2ª DP de Porto Alegre, a ofensiva contou com 25 agentes e 10 viaturas. Foram apreendidos socos ingleses, drogas e um boné do Grêmio.
Os policiais acreditam que o item do time rival pode ter sido roubado no último sábado, antes do Gre-Nal, durante um confronto entre torcedores das organizadas dos dois clubes na Estação Niterói, em Canoas. Na ocasião, a briga provocou danos em vagões da Trensurb e seis pessoas foram detidas.
De acordo com o delegado titular da 2ª DP, Vinícius Nahan, as agressões em janeiro ocorreram após a vítima ter recusado entregar uma bandeira aos suspeitos. O grupo então teria perseguido o torcedor até o portão 7 do estádio, onde, próximo a uma lanchonete, ele acabou sendo espancado de forma brutal. Depois, além da bandeira, também foi roubado o celular dele.
“O torcedor foi agredido violentamente por várias pessoas. Isso resultou em ferimentos graves, incluindo cortes na região do supercílio que demandaram sutura. Ele também ficou desacordado e só recuperou a consciência quando foi acudida por um segurança do clube”, destacou o titular da 2ª DP da Capital.
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Ainda segundo Vinícius Nahan, os três suspeitos e a vítima fazem parte da maior torcida organizada do Inter, porém integram núcleos distintos. O delegado não descarta que uma rivalidade entre eles possa ter precedido os fatos.
Um dos presos, o mais velho, é apontado como o líder da torcida em Canoas. Ele soma antecedentes por embriaguez ao volante, dano e provocação de tumulto em estádio. Outro, tem passagens por tráfico, quando adolescente, além de posse de drogas e desacato. O terceiro não tinha registros criminais.