Mulher morre após aplicação caseira de silicone nas nádegas em Capão da Canoa

Mulher morre após aplicação caseira de silicone nas nádegas em Capão da Canoa

Vítima foi identificada como Karoline Vinhas Velasques; suspeita de aplicar produto também é investigada por causar outras duas mortes em procedimentos estéticos

Correio do Povo
Karoline Vinhas Velasques, 56 anos, morreu após aplicação caseira de silicone industrial nos glúteos

Karoline Vinhas Velasques, 56 anos, morreu após aplicação caseira de silicone industrial nos glúteos

A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher trans em Capão da Canoa, no Litoral Norte do RS. Ela morreu no domingo, após ter sido submetida a uma aplicação caseira de silicone industrial nas nádegas. Ninguém foi preso até o momento.

A vítima foi identificada como Karoline Vinhas Velasques, 56 anos. Uma amiga dela presenciou o ocorrido e uma terceira pessoa, apontada como suspeita de ter cometido o crime, fugiu. Elas também são transexuais.

De acordo com a DP de Capão da Canoa, antes dos fatos, a vítima e a amiga buscaram a investigada em Porto Alegre.

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A aplicação do silicone começou na manhã de domingo, no apartamento onde a vítima morava, na avenida Poti, no centro de Capão da Canoa. Ela começou a passar mal logo nas primeiras etapas do processo.

Ao perceber a situação, a responsável teria pedido para que a amiga da vítima buscasse água. O caso degringolou ainda mais e, ao invés de chamar por socorro, ela teria solicitado leite com sal.

Ainda conforme a investigação, após se dar conta de que a vítima não melhoraria, a suspeita simplesmente guardou os equipamentos em sacolas e fugiu. Uma câmera de segurança registrou o momento que, às 11h05min, ela saiu do saguão do prédio para a rua.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas os paramédicos atestaram a morte da vítima no local. Equipes do Instituto-Geral de Perícias (IGP) também estiveram ali e removeram o corpo para o exame de necropsia.

De acordo com o delegado titular da DP de Capão da Canoa, Marco Swirski, a suspeita já é investigada por provocar outras duas mortes em procedimentos estéticos do tipo. Ele pontua que a vítima e a amiga estavam cientes disso.

"As duas sabiam que as aplicações de silicone industrial realizadas pela suspeita já tinham ocasionado a morte de outras pessoas. Seguimos com as buscas e já solicitamos a prisão dela, por homicídio doloso e exercício ilegal da atividade de medicina”, destacou o titular da DP de Capão da Canoa.


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