União Brasil decide nesta sexta-feira federação com PP

O União Brasil deve bater o martelo nesta sexta-feira sobre a federação com o PP. Os dois partidos vem conversando desde o ano passado, mas somente nas últimas semanas a federação foi ganhando forma efetivamente. Na última terça-feira, deputados federais, senadores e presidentes estaduais do PP aprovaram por unanimidade dar seguimento às tratativas, e a expectativa é de que já na próxima semana haja a formalização para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O Progressistas ainda validou as regras para a presidência da federação, que deve ser alternada, de seis em seis meses, a começar pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. No Rio Grande do Sul, a presidência da federação também vai ficar com o PP. Neste caso, representado pelo presidente estadual, o deputado federal Covatti Filho.

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Apesar disso, enquanto as tratativas no PP avançam com rapidez, dentro do União Brasil lideranças ainda demonstram cautela. No caso gaúcho, a principal preocupação do partido é com a densidade eleitoral. Em 2026, o foco da legenda é aumentar as cadeiras na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, e uma possível federação pode acabar prejudicando as metas da sigla.

Recém formado de uma fusão entre o PSL e o Dem, em 2022, o União Brasil elegeu um deputado federal, o presidente estadual do partido, Luiz Carlos Busato, com 57 mil votos. Enquanto isso, o PP emplacou três nomes: Pedro Westphalen, com 114 mil votos; Covatti Filho, com 112 mil votos e Alfonso Hamm, com 109 mil votos. Na Assembleia Legislativa gaúcha, conquistou três cadeiras, ante as sete do PP.

Apesar do partido ter obtido um pouco mais de solidez nos últimos anos, o temor é o de que, com a federação, o União Brasil acabe perdendo espaço na disputa. Na próxima semana, o objetivo de Covatti é se reunir com Busato para tratar do assunto.

Federação bilionária

Se for concretizada, a federação entre União Brasil e PP resultará em um bloco político com força incomparável dentro do Congresso com 122 parlamentares. Só na Câmara, a federação terá 109 deputados dos 513, sendo 59 do União Brasil e 50 do PP. No Senado, a federação teria 13 senadores – seis do PP e sete do União.

Além disso, a união daria aos partidos um fundo eleitoral de quase R$ 1 bilhão e um tempo de propaganda de rádio e televisão superior a dois minutos, cacifando a federação como uma força política de peso para as eleições de 2026.